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Foto do escritorNutri Gabi Avila

Corrida às farmácias: atenção aos excessos na pandemia


Pelo advento da pandemia em função do coronavírus, esse ano vivenciei, tanto com meus pacientes, quanto no meu próprio ciclo de amizade e ambiente familiar, uma verdadeira corrida às farmácias em busca de suplementos.

Um organismo fortalecido reage melhor às infecções. Assim como fica menos suscetível ao acometimento de outras doenças. Com esse intuito e na tentativa de se proteger, algumas pessoas se viram em meio à compra de diversos suplementos, sem que houvesse orientação adequada.

Uma nutrição eficiente é primordial tanto para se evitar inúmeras doenças quanto para o seu controle (a exemplo da obesidade, hipertensão, diabetes). Sabe-se também que algumas vitaminas, minerais e fitoterápicos contribuem para o fortalecimento do sistema imunológico e, ai, alguns ganharam cena nos holofotes. Para citar apenas alguns temos as vitaminas A, D, C, E, zinco, magnésio, própolis, copaíba, dentre outros.



Fatores que interferem diretamente na escolha do suplemento


Antes de comprar alguma coisa, te convido a fazer uma reflexão comigo, se questionando:

  1. Como é a minha dieta habitual? Ela é composta prioritariamente de alimentos in natura, com 5 porções de frutas, verduras e legumes? Eu evito alimentos ultra processados e fast food? E a água? Eu tomo água pura ou esqueço de se hidratar? A quantidade está adequada?

  2. Quais são as recomendações de vitaminas e minerais, conforme protocolos e parâmetros atuais?

  3. Quais são as minhas necessidades, de forma específica? Isso porque, dependendo da situação de vida, as necessidades nutricionais variam e, alguns nutrientes passam a merecer maior atenção! 

    1. Alguns exemplos: alto estresse ou fadiga crônica, doenças pré-existentes, atividade física (leve, moderada, intensa, atleta?), ansiedade, depressão, dificuldade para dormir ou sono não reparador, tensão pré menstrual, alergias, intolerâncias…

4. Estou com deficiência nutricional? Como estão meus exames (físicos, clínicos)? 

5. Como é o meu histórico familiar para doenças? E, como é a minha própria história de vida para doenças e cirurgias?

6. A partir de qual valor pode haver toxicidade no meu organismo? Será que estou perto desse limiar ou não?

7. Dentro da cápsula, as vitaminas e minerais estão disponibilizados de forma que o meu organismo absorva? 

  1. Por exemplo: ao comparar dois rótulos de marcas diferentes, um informa que a vitamina B12 está na forma de cianocobalamina e o outro na forma de metilcobalamina. E agora? Há diferenças entre eles? Se sim, qual seria a mais indicada?

8. Existem interferência entre o que eu como e o suplemento que vou tomar? Seria mais adequado tomar o suplemento em jejum, junto da refeição ou após a refeição? Por exemplo: posso tomar um suplemento de cálcio logo após uma refeição rica em carnes e proteínas vegetais? 

9. Será que estou depositando uma esperança extrema no suplemento sem me atentar à base da minha alimentação e estilo de vida?



Suplementação com consciência


Não sou contra suplementação! Pelo contrário! Sei da relevância que a suplementação tem como estratégia auxiliar da promoção da saúde, para corrigir deficiências nutricionais, dentre outros benefícios. Eu mesma, na minha prática clínica, utilizo da prescrição com frequência, seja ela magistral ou não. 

No entanto, me oponho à auto prescrição! Como expus acima, para se colher os benefícios esperados da suplementação, para não haver toxidade e consequências à saúde pelo excesso do consumo, para haver otimização de recursos financeiros, é essencial o acompanhamento do profissional nutricionista.



Nutricionista Gabriela Avila

CRN 1/ 5018

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